Galera, esse era um vídeo que já estava na minha lista, mas que infelizmente agora se torna uma homenagem, eu vou mudar um pouco (ou completamente) o roteiro e expressar os meus sentimentos a esse grande autor.
O Joe acabou de me avisar que o criador de Dragon Ball, o herói responsável por criar todo um mundo que guiou minha infância…que me introduziu a cultura dos animes e mangás japoneses, faleceu.
Então, sinceramente, hoje eu realmente nem quero seguir o script, não vou fazer aquela busca super apurada de todas as obras do autor como eu sempre faço aqui no canal, e nem vou me atentar tanto a verificação dos fatos, vou realmente puxar da minha memória.
Eu quero simplesmente dar minha visão sobre o que foi Akira para mim.
Eu hoje tenho 32 anos, e lembro que desde dos meus cinco anos ou coisa do tipo eu acompanho Dragon Ball, na época nem sabia quem era o Akira… eu morava fora e acompanhava a série antes mesmo dela estrear no Brasil, isso é meio que um fato importante e vou explicar o motivo…
Dragon Ball foi o desenho que me fez ficar acordado até tarde, que me fez esperar ansiosamente pelo próximo episódio, que me fez levantar as mãos quando o Goku fazia a Genkidama, e que me deixava acordado quando eu deveria estar dormindo, com os pensamentos a mil naquela saga dos 5 minutos que nunca chegavam, com o Freeza e a explosão do planeta Namekusei.
Quando eu de fato voltei ao nosso país, Dragon Ball passava aqui, o clássico mesmo, não lembro se era na Band ou na Cartoon, mas eu sei que estava bem atrás de onde eu tinha parado. E eu assisti tudo aquilo como se fosse a primeira vez, simplesmente não enjoava, e o desenho era febre em qualquer lugar que eu passasse.
Bem, depois que fui entender que aquilo não era somente desenho, mas que se chamava anime, que era de origem japonesa, e que tinha um autor de quadrinhos por trás daquilo.
Foi aí que eu e meus irmãos começamos a ler o mangá. Ainda que a gente não tenha a obra impressa de Dragon Ball por completo, a gente negociava com nossa mãe para conseguir um volume ou outro, e até hoje temos guardado como relíquia, inclusive a gente até já postou aqui na comunidade uma foto desse tesouro.
E foi a partir do mangá que eu descobri quem era o Akira, e com a internet fui ficando mais inteirado sobre o assunto. Naquela época que a gente ainda não tinha uma internet super veloz, e nem tinha lugar para ler os mangás ou coisas do tipo, somente algumas curiosidades, desenhos feitos por fãs, e especulações sobre Dragon Ball, afinal de contas, os capítulos aqui estavam muito atrasados em relação ao Japão.
Dragon ball continuou, tivemos o Z, tivemos o GT, que apesar de não ser oficial teve o aval do Akira, e tivemos toda aquela comoção quando Dragon Ball tinha sido dado como finalizado.
E quando menos a gente espera, Dragon Ball entra no radar de novo, criando hype, gerando felicidades para os nostálgicos.
E aquilo era impressionante, eu adulto empolgado como uma criança com a volta de Dragon Ball, o Super, né? Quem imaginou que teríamos Dragon Ball depois de tanto tempo?
E as coisas só se escalaram, com filmes, e mais filmes, e mangás novos, e novas obras anunciadas, Dragon Ball, que nunca tinha caído, estava de volta com tudo.
E cá estou, hoje, trabalhando de certa forma com isso, análises sobre animes, mangás, Dragon Ball.
Ou seja, marcar a vida de uma pessoa, para levar isso da infância até o trabalho, não é brincadeira, não é qualquer autor.
E falo isso como fã… O Akira sempre pareceu aquele tio simpático e criativo que esteve presente na nossa vida de alguma forma, mesmo que obviamente somente com suas obras.
E óbvio, o Akira é muito mais que Dragon Ball, e com o GeekyLines e todas as pesquisas que fiz, pude me aprofundar na importância da obra nessa cultura, e digo facilmente que ele está lado a lado com Osamu Tezuka.
Se o Osamu Tezuka é o Deus dos mangás, o tio Akira é o responsável por inspirar toda uma geração.
Enfim, é sobre isso que quero falar, não sei se o texto teve muito sentido, mas, Akira, descanse em paz! Você sempre será lembrado.